Alopecia infantil atinge até 2% das crianças em idade escolar e pode ter origem autoimune, infecciosa ou emocional; diagnóstico precoce é essencial
A perda de cabelo na infância é mais comum do que se imagina e pode impactar diretamente a autoestima e o bem-estar das crianças. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia apontam que cerca de 2% das crianças em idade escolar apresentam algum tipo de alopecia, condição que pode ser provocada por fatores genéticos, autoimunes, infecciosos ou comportamentais. Os pais devem ficar atentos a sinais como falhas no couro cabeludo, coceira persistente, queda excessiva e alterações nos fios.
De acordo com a dermatologista Fernanda Barbosa, da Clínica Skincare, os tipos mais comuns incluem a alopecia areata, a tinea capitis, o eflúvio telógeno e a tricotilomania, além da alopecia por tração causada por penteados apertados. O diagnóstico é feito com avaliação clínica, dermatoscopia e, em alguns casos, exames laboratoriais. A especialista alerta que, muitas vezes, a queda de cabelo na infância é negligenciada, atrasando o tratamento e comprometendo a recuperação.
O tratamento depende da causa e pode incluir loções com corticoides, antifúngicos, minoxidil e suporte psicológico. Em alguns casos, como o eflúvio telógeno, a condição pode se resolver espontaneamente com o tratamento da causa subjacente. Fernanda reforça que o apoio emocional também é essencial para minimizar o impacto da condição na vida da criança.
Com os avanços tecnológicos, como a tricoscopia digital, o diagnóstico se tornou mais preciso e rápido. Cuidados diários como evitar tração nos fios, proteger o couro cabeludo do sol e manter uma alimentação equilibrada também fazem parte da prevenção. O recado da especialista é claro: queda de cabelo na infância não deve ser ignorada e o acompanhamento dermatológico é fundamental.