Estudos apontam que 40% dos pacientes com dor crônica desenvolvem ansiedade ou depressão e precisam de um cuidado mais individualizado
Conviver com dor todos os dias pode ser mais do que um incômodo físico. Segundo a psicanalista e neurocientista Ana Chaves, esse sofrimento contínuo ativa áreas do cérebro ligadas às emoções e pode desencadear crises de ansiedade ou quadros de depressão. A especialista reforça que a dor persistente afeta também a autoestima, o convívio social e o prazer em atividades simples, criando um ciclo difícil de quebrar sem acompanhamento adequado.
Estudos recentes da Universidade Johns Hopkins mostram que cerca de 40% das pessoas com dor crônica também desenvolvem transtornos emocionais. Para Ana, o tratamento não pode ser genérico. Ela defende um modelo terapêutico interdisciplinar, que envolva médicos, psicoterapeutas e práticas como meditação e psicanálise. “O cérebro pode ser treinado para lidar melhor com a dor. O segredo é um plano de cuidado que respeite a história e os limites de cada pessoa”, pontua.
Com colunas no UOL e Valor Econômico, Ana Chaves tem se dedicado a aproximar o conhecimento científico da vida cotidiana, com reflexões sobre saúde mental e desenvolvimento humano. Além das publicações, ela realiza palestras e mentorias, já tendo impactado mais de 5 mil pessoas.