A maior parte dos casos não representa câncer, mas diagnóstico preciso é essencial para garantir segurança e tranquilidade
Descobertos com frequência em exames de rotina, os nódulos na tireoide geram preocupação, principalmente entre mulheres, que representam a maioria dos casos. Apesar de a maioria ser benigna, a avaliação com um especialista é indispensável para afastar a possibilidade de câncer. Estimativas apontam que até 63% da população pode apresentar algum nódulo na glândula ao longo da vida, e entre 5% a 10% dos casos podem evoluir para câncer, segundo dados do INCA.
A descoberta quase sempre acontece durante uma palpação no pescoço ou por meio de um exame de ultrassom, que analisa detalhes da formação como margens, calcificações e forma. A classificação segue critérios do sistema TI-RADS, que padroniza a análise para indicar se é necessário acompanhamento ou investigação mais detalhada. Quando o caso exige, realiza-se a Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF), um exame rápido, ambulatorial e sem sedação, que permite identificar a natureza do nódulo.
Na minoria dos casos em que há confirmação de câncer, o mais comum é o carcinoma papilífero, com altas taxas de cura. O tratamento geralmente envolve cirurgia e, em alguns casos, terapia com iodo radioativo. Vale lembrar que nem todo nódulo altera os hormônios da tireoide. Em algumas situações, inflamações podem simular nódulos — os chamados pseudonódulos — e a experiência do radiologista é essencial para diferenciá-los.
A principal recomendação dos médicos é clara: a maioria dos nódulos não oferece risco, mas um acompanhamento preciso é fundamental para garantir bem-estar e decisões seguras.