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No Dia Mundial da Alimentação, ONG Banco de Alimentos promove debate sobre o que podemos aprender com a pandemia

Foto divulgação

A crise econômica provocada pelo coronavírus aumentou drasticamente os indicadores de fome ao redor do mundo, ao mesmo tempo em que as limitações impostas pela Covid-19 acarretaram muita reflexão e discussão sobre o nosso modo de viver e de nos relacionar com o próximo e com o planeta.

Para aprofundar o debate sobre o que aprendemos com a pandemia, a ONG Banco de Alimentos realiza evento online no dia 16 de outubro. Para fazer a sua inscrição, http://bit.ly/DMAOBA2020

São Paulo, 13 de outubro – No dia 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, a ONG Banco de Alimentos reunirá um grupo de especialistas no evento online Alimentação – o que podemos aprender com a pandemia? Dividido em seis temas extremamente atuais, o evento terá a participação de especialistas que estiveram à frente de ações que estão fazendo a diferença neste período da Covid-19. Serão bate-papos recheados de ideias para nutrir a esperança de um futuro melhor para todos. Ao abrir o evento, que começa às 9h, Luciana Quintão, fundadora e presidente da ONG Banco de Alimentos, fará uma palestra sobre o terceiro setor na pandemia, contando como a ONG Banco de Alimentos expandiu a sua área de atuação e aumentou o seu alcance de impacto social a partir dos desafios da Covid-19.

A pandemia transformou a vida de todo o planeta. A crise econômica aumentou catastroficamente os indicadores da fome ao redor do mundo. As limitações impostas pela Covid-19, entre elas o isolamento social, acarretaram muita reflexão e discussão sobre o nosso modo de viver e de nos relacionarmos com o próximo e com o planeta. Queremos aprofundar este debate e trazer ideias para nutrir nossa esperança de um futuro melhor para todos”, afirma Luciana Quintão.

Gustavo Porpino, analista da Embrapa e colaborador com projetos no SESC, WWF Brasil e FAO na área de segurança alimentar, falará sobre “a importância das organizações bancos de alimentos no cenário brasileiro, desafios e projeções para o futuro”. Michelle Caetano, gestora de projetos do Instituto Anchieta Grajaú e educadora social que desenvolve trabalhos em ONGs há 16 anos para o público de vulnerabilidade social, abordará o tema “quando o destino da comida são as comunidades – porque é fundamental que grupos em vulnerabilidade social tenham parceria com o terceiro setor”. Os bate-papos terão a mediação da professora Maria Inês Rodrigues,Tuca, nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo e docente do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. O encerramento terá a participação de Nuno Cabrita Alves, um dos membros fundadores e presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares em Algarve, Portugal, que falará sobre Bancos de Alimentos ao redor do mundo: as diferenças e paralelos entre as ONGs e a sociedade civil brasileira e portuguesa.

Participam também do evento Alimentação – o que podemos aprender com a pandemia?, a nutricionista Bruna Cutait, especialista em aproveitamento integral dos alimentos, que falará sobre “o que e como comer para o aumento da nossa imunidade e bem-estar e o consumo inteligente da comida”; e Marina Mônaco, formada em gastronomia, influencer no Instagram que durante a pandemia dividiu receitas de maneira fácil e simples. O evento fará parte também da agenda do Gente é pra brilhar – não pra morrer de fome, aliança para a renovação do enfrentamento da fome no país, que promove, entre 12 e 18 de outubro, o Conexões Alimentares, uma semana de conferências virtuais sobre o tema e o Marmitaço, nos dias 17 e 18 de outubro, que unirá diversos coletivos de distribuição de refeições e de alimentos em todo o país. Mais informações em https://genteprabrilhar.org/

O combate à fome e ao desperdício de alimentos é uma batalha que vem sendo travada há 22 anos pela ONG Banco de Alimentos, que busca alimentos onde sobra e leva onde falta, para combater a fome e o desperdício e complementar a alimentação diária de mais de 20 mil pessoas. Desde a sua criação, até março de 2020, a ONG Banco de Alimentos distribuiu 8,2 milhões de quilos de alimentos no Brasil. Com a pandemia do coronavírus, reforçou a sua atuação a partir de abril deste ano e passou a trabalhar também com a distribuição de cestas básicascartões de alimentação no valor de R$ 100 e marmitas congeladas. Formou uma rede integral de ajuda às pessoas de maior vulnerabilidade, as mais atingidas pela crise da Covid-19.

A pandemia trouxe uma urgência, uma situação que não podia esperar, que nos levou ao limite da nossa força de trabalho. O Brasil tem 52 milhões de pessoas que ainda vivem em insegurança alimentar e a Covid-19 agravou ainda mais essa situação”, diz Luciana. Durante a pandemia, entre 1 de abril a 30 de setembro, a ONG Banco de Alimentos distribuiu mais de 4,3 milhões de quilos de alimentos, que beneficiaram quase um milhão de pessoas dentro de 200 comunidades, além das instituições já atendidas pela organização.

Veja, a seguir, a programação completa do evento promovido pela ONG Banco de Alimentos.

ALIMENTAÇÃO – O QUE PODEMOS APRENDER COM A PANDEMIA?

EVENTO ONLINE – ONG BANCO DE ALIMENTOS
16 DE OUTUBRO DE 2020

Para se inscrever, acesse o link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSeemOTnHkyKuWn3bn5iVgcM2U7oYG8rb1IyQBRcIE-oir19qw/viewform?gxids=7757


9h00 – Início

9h30 – O terceiro setor na pandemia – como a ONG Banco de Alimentos expandiu sua área de atuação e aumentou seu alcance de impacto social com os desafios da COVID-19 | Palestrante: Luciana Chinaglia Quintão, presidente-executiva e fundadora da ONG Banco de Alimentos.

10h30 – Papo com especialista em Banco de Alimentos sobre a importância destas organizações no cenário brasileiro, desafios e projeções para o futuro. | Palestrante: Gustavo Porpino, doutor em administração de empresas com concentração em marketing, atualmente analista da EMBRAPA e colaborador com projetos no SESC, WWF Brasil e FAO na área de segurança alimentar.


11h30 – Quando o destino da comida são as comunidades – porque é fundamental que grupos em vulnerabilidade social tenham parceria com o terceiro setor. | Palestrante: Michelle Caetano, formada em Letras e Pedagogia, educadora social que desenvolve trabalhos em ONGs há 16 anos para o público de vulnerabilidade social, capacitando jovens, adultos e atendimento às famílias. Atualmente é gestora de projetos do Instituto Anchieta Grajaú.


12h30- Intervalo

13h45 – Aproveitamento integral dos alimentos e “super foods” – o que e como comer para o aumento da nossa imunidade e bem-estar e o consumo inteligente da comida. | Palestrante: Bruna Cutait, formada em nutrição pela Faculdade São Camilo com pós-graduação em nutrição clínica funcional e especialista em aproveitamento integral dos alimentos.


14h45 – Dividindo receitas nas mídias sociais – como cozinhar pode ser um ato para todos e criar uma comunidade digital, gerando conhecimento, inclusão e democratização do uso do alimento. | Palestrante: Marina Mônaco, formada em gastronomia, tornou-se uma influencer no Instagram durante a pandemia dividindo receitas de maneira fácil e simples. Em 6 meses conquistou mais de 19 mil seguidores.


15h45 – Bancos de Alimentos ao redor do mundo: conversa com o representante do Banco de Alimentos de Algarve em Portugal sobre as diferenças e paralelos entre as ONGs e sociedade civil brasileira e portuguesa. | Palestrante: Nuno Cabrita Alves, um dos membros fundadores e presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares em Algarve, Portugal.

Sobre a ONG Banco de Alimentos

Criada em 1998, em São Paulo, pela iniciativa pioneira da economista Luciana Chinaglia Quintão, a ONG Banco de Alimentos busca alimentos onde sobra e leva onde falta. O trabalho, denominado Colheita Urbana, se inspira na ideia de reduzir o desperdício de alimentos na indústria e no comércio, e distribuir o excedente para instituições sociais, minimizando os efeitos da fome e possibilitando a complementação alimentar de qualidade para mais de 20 mil pessoas, todos os dias, em 41 instituições assistidas.

A partir de março a ONG Banco de Alimentos ampliou a sua atuação em razão da pandemia Covid-19. Além do trabalho de Colheita Urbana, passou a entregar cestas básicas e cartões de alimentação aos mais atingidos pela crise. Entre abril e setembro de 2020, com o apoio de vários parceiros pessoas físicas e empresas privadas, a ONG Banco de Alimentos distribuiu cerca de 208 mil cestas de alimentos, que continham em média 15 kg de alimentos cada, e cerca de 19 mil cartões de alimentação com tíquete médio de R$ 98, o que daria aproximadamente uma cesta contendo 25 kg de alimentos. Estas duas vertentes somaram o equivalente a 3,6 milhões de quilos de alimentos. Este número atinge a marca de mais de 4,3 milhões de quilos de alimentos ao serem agregados os cerca de 737 mil quilos de alimentos recolhidos por meio do programa tradicional de colheita urbana. Todos estes alimentos foram distribuídos para cerca de um milhão de pessoas e mais de 200 comunidades, além das entidades já assistidas.

Outro pilar de atuação é a Educação Nutricional, que ensina a manipulação e o preparo adequado dos alimentos, sempre visando a sua utilização integral e o aumento do valor nutricional das refeições, contribuindo concretamente para a melhoria da saúde das pessoas atendidas. Oficinas culinárias são desenvolvidas para colaboradores das instituições sociais. Outra frente está na Conscientização, com ações que buscam alcançar a sustentabilidade por meio de mudanças socioculturais, bem como realizar a ponte entre os dois Brasis: o Brasil que passa fome e o Brasil que desperdiça alimentos todos os dias.

Veja como participar apoiar o trabalho da ONG Banco de Alimentos: www.bancodealimentos.org.br


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