Pesquisa do Santander aponta que a adesão à renda fixa entre as investidoras do estado subiu de 50% para 52% de 2022 para 2023
Apesar da redução da taxa básica de juros, iniciada em agosto de 2023, as mulheres baianas seguem investindo majoritariamente em opções conservadoras, como revela um estudo recente do Santander Brasil. A participação da renda fixa na carteira de investimentos das mulheres na região cresceu dois pontos percentuais no período analisado, abrangendo produtos como Certificados de Depósitos Bancários (CDB), Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), títulos do Tesouro Direto e poupança.
Diversificação das carteiras femininas na Bahia
Além da renda fixa, as investidoras baianas também mostram preferência por previdência, representando 29% do total de investimentos, enquanto os fundos de investimento aparecem com 13%. A renda variável, que envolve alternativas mais arriscadas, foi responsável por apenas 2% do total investido em 2023 no estado pela carteira do Santander.
Panorama nacional reflete cautela
A pesquisa do Santander também destacou que a preferência pela renda fixa se manteve estável em nível nacional, com 53% em 2023, refletindo uma tendência conservadora também entre os homens, que elevaram sua participação neste tipo de investimento de 50% em 2022 para 52% em 2023.
Luciane Effting, executiva do Santander, comenta sobre a disciplina financeira das mulheres: “Os dados confirmam que as mulheres são mais consistentes em suas aplicações e, mesmo com anos desafiadores, mostraram grande persistência.”
Previdência em foco
A constância também se destaca quando o assunto é previdência. Entre as mulheres do país, houve um leve aumento, de 27,7% para 28,4% de um ano para o outro. Os homens apresentaram uma porcentagem um pouco menor, com 24% do total.
Movimentos no mercado de fundos
De acordo com dados da Anbima, houve uma redução na parcela de investimentos em fundos entre as mulheres, de 14% para 12% de 2022 para 2023. Os homens acompanharam a tendência com uma queda ainda mais significativa, de 17% para 14%. Entretanto, a categoria de Certificados de Operações Estruturadas (COEs) viu um aumento na carteira feminina, de 2,64% para 4,35%. Renda variável e crédito privado mantiveram-se estáveis com pouco mais de 1% do total do portfólio em ambos os anos analisados.