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Maio Cinza: HGRS realiza 165 cirurgias para tumores cerebrais na pandemia

Foto: Divulgação / HGRS

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) estima que serão diagnosticados este ano, no Brasil, 11.090 novos casos de câncer cerebral, sendo 5.870 homens e 5.220 mulheres. Na Bahia, o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, é o responsável por tratar 85% dos tumores cerebrais do estado, tendo realizado, somente na pandemia da Covid-19 (de março de 2020 a 19 de maio de 2021), 165 cirurgias para esses casos.

Chefe do serviço de neurocirurgia do HGRS, o neurocirurgião Leonardo Avellar explica que o câncer cerebral, assim como os outros tipos de cânceres, é um crescimento celular desorganizado. “O tumor primário – ou seja, o tumor que vai crescer no cérebro – é diferente dos outros porque dificilmente se espalhará pelo corpo. Mesmo que seja um tumor maligno, ele não sairá do sistema nervoso central. Pode acontecer de o paciente ter um tumor benigno que seja inoperável devido à localização. Há, também, casos de tumores malignos fáceis de operar, mas que as cirurgias não têm resultados positivos. Tumores malignos não têm cura cirúrgica, porém, com tratamento complementar, podem ter prognóstico favorável. Tumores benignos têm cura, desde que nós consigamos retirá-los”, conta.

Foto: Divulgação / HGRS

O médico lembra, ainda, que não há uma causa definida para o aparecimento de um tumor cerebral, pois se trata de uma doença multifatorial. “A neurocirurgia envolve sequela. Então, quando há um câncer cerebral, nós, neurocirurgiões, devemos avaliar: se retirarmos o tumor, o doente ficará sequelado? Nós precisamos pesar a parte oncológica e a parte funcional – inclusive porque a maioria dos tumores retirados acabam reaparecendo”, conclui Avellar.

Sinais como dor de cabeça persistente e progressiva, vômito, convulsão, alterações visuais, motoras, da fala e formigamento podem ser alertas para câncer cerebral. Quando o paciente apresenta esses sintomas, é preciso iniciar a investigação com exames específicos. Se o diagnóstico se confirmar, o especialista deve iniciar o tratamento o quanto antes.

Atualmente, esse tipo de câncer ocupa a décima posição entre os tumores mais frequentes nas mulheres brasileiras e a décima primeira posição entre os homens. Na pediatria, ele é o segundo mais comum. Com o impacto da doença na vida dessas pessoas, a campanha Maio Cinza pretende conscientizar a todos sobres os sintomas que devem ser investigados.

Louise Cibelle
Assessora de Comunicação
Hospital Geral Roberto Santos (HGRS)
(71) 3103-8858

Fabio Almeida

Tenho 38 anos, nascido em Salvador/Ba, um soteropolitano nato. Jornalista de profissão sigo o compromisso e responsabilidade com a verdade e apuração dos fatos.

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