Especialistas do Grupo Med+ destacam importância de medidas rigorosas de biossegurança para proteger colaboradores e evitar avanço do vírus H5N1

Com a confirmação do primeiro caso de gripe aviária (H5N1) em uma granja comercial no Rio Grande do Sul, o Brasil volta seus olhos não apenas para os impactos econômicos da suspensão das exportações de frango, mas também para os riscos à saúde dos trabalhadores do setor avícola. De acordo com o infectologista Dr. Leonardo Von Doellinger, do Grupo Med+, o contato direto com aves contaminadas e ambientes com baixa ventilação aumenta o risco de transmissão viral, especialmente em casos de falhas nos protocolos de biossegurança.
Embora rara, a transmissão do H5N1 para humanos pode ocorrer por meio de secreções, fezes ou inalação de partículas virais. O especialista alerta que o vírus pode sofrer mutações quando entra em contato com cepas humanas, criando uma nova variante com maior poder de contágio. Por isso, o uso de EPIs, triagens regulares e ambientes higienizados são medidas essenciais, que precisam ser complementadas por ações como controle de acesso, zonas exclusivas para troca de roupas e barreiras sanitárias internas.
O Grupo Med+, maior empresa de emergências aeroportuárias da América Latina, defende a integração entre empresas, vigilâncias sanitária e epidemiológica como chave para conter o avanço da doença. Isso inclui ações educativas constantes, como treinamentos sobre sinais da doença e medidas preventivas, além do afastamento imediato de trabalhadores com sintomas gripais e notificação obrigatória às autoridades de saúde.
Mesmo colaboradores que não lidam diretamente com aves podem funcionar como vetores do vírus. Por isso, o controle rígido de circulação, desinfecção de equipamentos e higiene pessoal são indispensáveis. A prevenção integrada protege não apenas a saúde dos trabalhadores, mas também a continuidade das operações e a imagem do setor avícola brasileiro no mercado global.