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FIV permite aos homens vasectomizados serem pais biológicos novamente

De forma geral, os homens escolhem fazer uma vasectomia considerando o planejamento familiar, já que a cirurgia é um método contraceptivo definitivo. No entanto, ela pode ser revertida e o paciente pode engravidar a sua parceria algum tempo depois da cirurgia.  De acordo com o diretor e médico ginecologista da Clínica Origen de Medicina Reprodutiva, Marcos Sampaio, além da reversão do procedimento, uma opção também muito eficaz e segura, que possibilita que os homens vasectomizados sejam pais novamente, é a Fertilização In Vitro (FIV).  Os dois métodos têm o mesmo objetivo e, por isso, a decisão deve ser baseada na avaliação médica do casal.

Sampaio explica que, para realizar a vasectomia, de acordo com a lei de planejamento familiar (nº 9263/1996), o homem deve ter mais de 25 anos e, no mínimo, dois filhos vivos. “A cirurgia provoca uma azoospermia obstrutiva, condição caracterizada pela ausência de espermatozoides no sêmen ejaculado devido a um bloqueio que impede o encontro dos gametas com o líquido seminal. Ou seja, o homem continua ejaculando normalmente, porém sem espermatozoides”, esclarece.

A realização da vasectomia

A cirurgia é relativamente simples, sendo concluída em, aproximadamente, 20 minutos. “Após o paciente receber uma anestesia local, o médico faz um pequeno corte em cada ducto deferente e suturando-os em seguida”, ressalta Sampaio. Para fazer a reversão de vasectomia, o médico reconecta os ductos deferentes.

Com relação ao paciente, o tempo entre a vasectomia e a sua reversão é um fator decisivo. “Após 5 anos da cirurgia, a probabilidade de o homem engravidar a sua parceira começa a diminuir. Uma fibrose pode surgir no local, impedindo que o canal deferente seja reconectado, por exemplo”, explica.

Quando os critérios para a cirurgia de reversão de vasectomia não são atendidos, a fertilização in vitro é o procedimento mais indicado. “Para os homens vasectomizados, a FIV é uma alternativa viável porque o seu processo de fecundação acontece em um laboratório, após a coleta dos gametas do casal”, comenta Sampaio.

O médico explica que, primeiro, a mulher passa por uma etapa de estimulação ovariana para desenvolver o maior número de óvulos possível. No dia em que eles são coletados, ocorre a coleta da amostra seminal. No caso de homens vasectomizados (ou com algum tipo de azoospermia), a coleta dos espermatozoides é feita por uma técnica de recuperação espermática direto dos epidídimos ou dos testículos. A fecundação acontece com o auxílio da técnica ICSI – injeção intracitoplasmática de espermatozoides-, que insere o espermatozoide diretamente no óvulo, aumentando as chances de sucesso da técnica mesmo que o homem tenha uma quantidade pequena de gametas.

Para Marcos Sampaio, não há dúvidas de que a FIV é a técnica de reprodução assistida mais indicada para os casais em diferentes casos, tendo em vista suas inúmeras e inegáveis vantagens. “Além de ser a técnica de reprodução assistida que apresenta os percentuais mais altos de sucesso na gravidez, a FIV avançou consideravelmente nas últimas décadas e, hoje, permite o tratamento da infertilidade feminina provocada por diversas causas, como idade avançada, distúrbios de ovulação, endometriose ou mesmo infertilidade sem causa aparente”, ressalta.

Jacson Gonçalves

Tenho 25 anos sou natural de Salvador, Bahia. Sou cadeirante, jornalista, Blogueiro e Digital influencer. Ser jornalista é também contribuir com o exercício da profissão e ter na veia a responsabilidade social de levar informação e entretenimento.

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