A relação da alimentação saudável com a boa qualidade de vida já não é novidade para ninguém. Contudo, a conscientização nunca é demais. O dia 31 de março, em que se comemora o “Dia Nacional da Saúde e da Nutrição”, dá visibilidade à importância de se alimentar bem como pilar essencial da saúde, na prevenção de doenças e promoção de longevidade. A data também chama atenção para os riscos associados a má alimentação, seja pelo consumo excessivo de alimentos pobres em nutrientes ou pela adoção de dietas restritivas, que podem causar uma série de problemas a longo prazo, prejudicando a saúde e o bem-estar.
Segundo a nutricionista Carolina Dias, referência no programa de Emagrecimento “Mereço+” e fundadora da Clínica Carolina Dias, quando o cardápio é restritivo, o organismo sofre devido a carências nutricionais, gerando sintomas fisiológicos e psicológicos. “Além disso, é uma prática ineficaz, pois oferece resultados rápidos e a pessoa acaba ganhando mais peso do que eliminou no início. Ou seja, são dietas que não funcionam e têm efeitos colaterais, como cansaço, falta de energia, fadiga, queda de cabelo, funcionamento inadequado do intestino e baixa imunidade, entre outros problemas como risco aumentado para o desenvolvimento de distúrbios alimentares”, explica Carolina.
A nutricionista esclarece que restringir drasticamente a alimentação impulsiona o reganho de peso porque, “além de gerar ansiedade e irritação, a dieta restritiva gera pensamentos obsessivos por alimentos como doces, carboidratos, pães e massas, o que pode fazer a pessoa ganhar mais peso do que a quantidade que eliminou. O caminho para o emagrecimento duradouro precisa vir de uma relação saudável com a alimentação e isso se dá a partir da mudança de hábitos consciente e do equilíbrio entre macro e micronutrientes”.
Dia Nacional da Nutrição quais são os perigos de fazer dietas restritivas por conta própria.jpg
Fora o reganho de peso, a restrição alimentar também afeta os ossos, reduz os níveis hormonais, contribui para a perda de massa muscular, sobrecarrega órgãos como o fígado e os rins e compromete o metabolismo, afirma Carolina. “A eliminação de peso que essas dietas prometem ocorre muito mais pela perda de água e massa muscular do que uma efetiva redução da gordura corporal. Depois de um tempo, o corpo passa a economizar energia e diminuir o gasto calórico, deixando o metabolismo mais lento. Portanto, é essencial equilibrar os macronutrientes e micronutrientes para a manutenção do peso”, destaca a nutricionista.
Por isso, antes de iniciar qualquer dieta ou buscar uma mudança nos hábitos alimentares é importante buscar orientação com um nutricionista, que deve fazer uma avaliação personalizada do paciente para entender qual é a estratégia adequada para ele, de acordo com suas necessidades. “A alimentação é algo complexo e individual, além de ser extremamente importante para o funcionamento adequado do organismo, por isso, mesmo com suas particularidades, qualquer dieta precisa contemplar todos os grupos alimentares de forma inteligente”, diz Carolina.