A data marca a resistência e a busca por uma sociedade mais justa para milhões de brasileiros
O Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência, celebrado neste 21 de setembro, é mais do que uma data simbólica, é um chamado à reflexão sobre direitos, conquistas e principalmente os desafios que ainda persistem na construção de uma sociedade inclusiva. Instituída em 1982 por movimentos sociais, a data foi oficializada em 2005 como um marco de mobilização pela garantia de cidadania e pela eliminação de barreiras físicas, sociais e culturais.
Apesar dos avanços em legislações como a Lei Brasileira de Inclusão, que trouxe instrumentos importantes para ampliar o acesso à educação, ao trabalho e à mobilidade urbana, o cotidiano das pessoas com deficiência ainda é marcado por obstáculos. A falta de acessibilidade em ruas, transportes e estabelecimentos, além de preconceitos enraizados, continuam limitando oportunidades e evidenciando a distância entre o que está previsto na lei e o que é vivido na prática.
Este dia convida a sociedade a enxergar a inclusão não como favor, mas como direito inegociável. Valorizar a diversidade, reconhecer a autonomia e respeitar as singularidades são passos essenciais para a construção de espaços mais humanos e democráticos. A luta das pessoas com deficiência é também uma luta por uma sociedade mais igualitária para todos.
Em um país onde mais de 18 milhões de brasileiros se declaram com algum tipo de deficiência, segundo dados do IBGE, a data reforça a urgência de políticas públicas efetivas e da participação ativa da sociedade civil. A inclusão é um processo coletivo, e cada atitude, do poder público ao cidadão comum, pode ser determinante para transformar realidades.
A celebração deste dia, portanto, não é apenas para lembrar a luta, mas para renovar compromissos. Reconhecer a importância de garantir dignidade, acessibilidade e oportunidades iguais é o caminho para um futuro onde o termo inclusão seja sinônimo de justiça e respeito.
