A Bahia segue consolidando sua posição como principal força agrícola do Nordeste. De acordo com dados do Sistema Agrostat do Ministério da Agricultura, as exportações do agronegócio baiano somaram US$ 1,5 bilhão entre janeiro e março deste ano, superando o volume total dos demais estados nordestinos, que juntos alcançaram US$ 1,44 bilhão. Esse avanço representa um crescimento de 9,15% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a robustez do setor agropecuário baiano.
O desempenho foi puxado por culturas como o cacau e seus derivados, que cresceram impressionantes 174,43%, além do café, com alta de 144%, fibras e produtos têxteis (13,7%) e papel e celulose (7,5%). Outro destaque foi o crescimento de 165,44% nas exportações do setor de café e especiarias, que agora representam mais de 7% do total exportado pela Bahia no trimestre. A abertura de novos mercados internacionais, especialmente na Ásia, também tem contribuído para alavancar as exportações.
Para o secretário estadual de Agricultura, Pablo Barrozo, o sucesso é resultado de uma combinação de fatores como investimentos em tecnologia, infraestrutura e ampliação de mercados. Ele afirma que o governo estadual continuará fortalecendo parcerias e incentivando a produção com qualidade e sustentabilidade, valorizando o trabalho no campo e garantindo mais renda para os produtores baianos.
Odacil Ranzi, referência no setor agropecuário da região oeste da Bahia, destacou que a profissionalização e o uso intensivo de tecnologia são peças-chave para o atual cenário. Segundo ele, a agricultura baiana se tornou mais eficiente, sustentável e guiada por dados e indicadores, com manejo responsável dos recursos naturais e foco na qualidade dos produtos.
Os produtos baianos estão presentes em mais de cem países. O cacau é enviado à Argentina, Estados Unidos e União Europeia. A soja é majoritariamente exportada para a China, seguida por Europa e Taiwan. O algodão baiano, reconhecido mundialmente, tem como destinos China, Bangladesh, Egito e Paquistão. Já frutas como manga e uva abastecem mercados na Europa e Estados Unidos, enquanto a celulose e produtos florestais seguem para países como Bélgica, Itália e Holanda.