Especialistas reforçam importância da vacinação e medidas simples de prevenção diante da alta de SRAG no país
O aumento expressivo de casos graves de influenza no Brasil neste mês de junho tem chamado a atenção de especialistas da saúde, especialmente com a chegada do inverno. Segundo o boletim InfoGripe da Fiocruz, houve crescimento contínuo dos registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), com mortalidade concentrada entre idosos e crianças. Entre os idosos, os óbitos estão majoritariamente associados à influenza A, enquanto entre as crianças predominam os casos provocados por rinovírus e também por influenza.
Para a médica infectologista Silvia Fonseca, docente do IDOMED, a percepção de que gripe é algo leve compromete a adesão à vacina. Ela alerta que o vírus influenza pode evoluir para quadros graves, como insuficiência respiratória e infecções pulmonares, especialmente em pessoas idosas e portadoras de comorbidades. Apesar da oferta gratuita pelo SUS, a cobertura vacinal segue abaixo da meta ideal, principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país. A vacina precisa ser atualizada anualmente devido à mudança das cepas em circulação, tornando a imunização regular fundamental.
Além da vacinação, medidas preventivas simples podem reduzir a transmissão. Andréia Neves de Sant Anna, enfermeira e professora da Estácio, destaca práticas como boa alimentação, hidratação, higiene constante das mãos, uso de lenços descartáveis e evitar aglomerações em ambientes fechados. Também é essencial manter janelas abertas e evitar contato com pessoas gripadas. Os sintomas da influenza A incluem febre alta, calafrios, dor de cabeça intensa, dores no corpo, fraqueza e sensação de mal-estar repentina.
Com a queda nas temperaturas, o alerta é claro: redobrar os cuidados com crianças e idosos, reforçar a vacinação e manter hábitos de prevenção é essencial para atravessar o inverno com segurança.