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A melhor vacina é aquela que tá no braço

Desde março de 2020, todo o planeta se vê lutando contra um novo vírus. O uso da máscara, além do álcool em gel e da lavagem frequente das mãos passou a fazer parte da nossa rotina diária. De lá pra cá, já foram mais de 500 mil mortes pela doença, somente aqui no Brasil.

O coronavírus mudou completamente o cotidiano das pessoas e trouxe consequências graves além das questões de saúde. Nesse contexto tão difícil, a chegada da vacina é um bálsamo e uma esperança de voltar a uma vida ‘normal’.

No entanto, muitas pessoas têm se deparado com um novo receio, muito vem se falando sobre o risco de trombose e que os imunizantes contra a COVID-19 poderiam oferecer esse risco à saúde.

“É verdade que algumas vacinas contra a COVID– 19 apresentaram uma incidência baixa de trombose e, embora muito pequena, essa incidência deixou muitas pessoas preocupadas”, explica Fernanda di Angelis – Angiologista e Cirurgiã Vascular.

Ela atende em Lauro de Freitas na Angioclam – Clínica especializada em angiologia, cardiologia, cardiopediatria, dermatologia e outras.

Reações adversas

É comum a qualquer vacina causar reações leves, como dor no local da aplicação, sintomas leves de febre, dor de cabeça ou dor muscular, sobretudo as vacinas que tem como objetivo imunizar contra vírus.

E embora seja bastante rara, a trombose é uma das possíveis consequências da aplicação dos imunizantes da AstraZeneca, Johnson & Johnson e Sputnik V.

“A pessoa que já teve um quadro de trombose, não tem contraindicação para tomar a vacina. A ressalva é para um tipo específico de trombose, que gera a queda de plaquetas, nesse caso é recomendado outro imunizante que não o da AstraZeneca. Já nos casos que apresentarem a trombose (com trombocitopenia), após a vacina (AstraZeneca), a orientação é de que a pessoa tome um imunizante diferente na segunda dose”, ressaltou a médica.

Sobre os riscos e benefícios da imunização, Fernanda alerta que: “Eu sempre deixo bem claro para os meus pacientes que o risco de trombose pela vacina é de apenas 0,0004%. Já o risco de trombose pela doença é de 16,5%. Além disso, a COVID-19 pode causar complicações muito mais graves do que a trombose! É melhor tratar um caso de trombose, onde ela é o único problema existente, do que a partir de um quadro de coronavírus”.

“As vacinas diminuem o risco de complicações de uma doença que tem efeitos muito sérios para os sistemas pulmonar, vascular e cardíaco”, frisou a angiologista.
Estudos sobre a Trombose: Em junho de 2021, dados da Astrazeneca informam no Brasil, apenas 5 casos da chamada trombocitopenia trombótica induzida por vacina, confirmados, em um total de mais de 35 milhões de vacinados.

Pílula, gravidez e tabagismo oferecem risco

“O tabagismo e o anticoncepcional, por exemplo, têm um risco muito maior para tromboses, e as pessoas não têm tanto medo dessas substâncias”, alerta Fernanda di Angelis.

Segundo dados da Agência Europeia do Medicamento, uma em cada mil mulheres que usam pílula anticoncepcional apresenta formação de coágulos sanguíneos. Os números podem variar de acordo com a população estudada e, no Brasil, a Anvisa aponta que mulheres usando alguns tipos de medicamento anticoncepcional têm um risco de 4 a 6 vezes maior de desenvolver tromboembolismo venoso do que as que não usam o remédio.

Para fumantes, os casos são de 763 casos por milhão de pessoas. O quadro também pode ocorrer durante a gravidez, sendo que uma a cada um milhão de gestantes desenvolve o problema. “A recomendação para gestantes e puérperas é que recebam Vacina Coronavac ou Pfizer. essa medida foi adotada desde maio deste ano”.

Vale a pena se vacinar?

O benefício é alto, pois a vacina reduz risco de hospitalização, doença grave e morte com alta eficácia, entre 70% e 90%.
No Brasil, onde ainda não temos vacinas para todos e faltam imunizantes, a recomendação é: tome a que tiver disponível para você.

Se tiver dúvidas FALE COM SEU MÉDICO.

Jacson Gonçalves

Tenho 25 anos sou natural de Salvador, Bahia. Sou cadeirante, jornalista, Blogueiro e Digital influencer. Ser jornalista é também contribuir com o exercício da profissão e ter na veia a responsabilidade social de levar informação e entretenimento.

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