Evento consolida Cachoeira como capital da literatura e reforça o poder transformador da palavra na sociedade
A 13ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA) chegou ao fim neste domingo (26), consolidando-se mais uma vez como um dos maiores eventos literários do país. Mesmo com a chuva que atingiu a região, o público lotou as ruas e praças de Cachoeira (BA) para celebrar a literatura, a arte e o poder da palavra.
Marcada por uma programação diversa e reflexiva, a FLICA 2025 se destacou pelo aprofundamento de debates sobre etnias, gênero, religião e cultura, reunindo escritores, jornalistas, artistas e pensadores em torno de discussões potentes sobre o papel transformador da literatura e da arte na sociedade.
Entre os destaques da edição estiveram nomes como a jornalista e escritora Aline Midley, a apresentadora Rita Batista, o escritor palestino Atef Abu Saif, autor de “Quero estar acordado quando morrer”, o filósofo e ex-reitor da UFBA João Carlos Salles, e a artista NegaFyah, que uniu poesia, oralidade e música em suas apresentações. Também participaram Nanda Costa e Lan Lanh, em um bate-papo sobre maternidade, e o artista plástico Milton Marinho, entre outros convidados.
Para a embaixadora da FLICA, Vanessa Dantas, o grande legado desta edição foi o fortalecimento dos debates e das trocas de experiências. “Avançamos muito na troca de conteúdo, com debates potentes e reflexivos, trazendo convidados de fora e de toda a região. A proposta foi provocar uma reflexão sobre a quebra de paradigmas e a superação de tabus. Esse é o legado deste ano”, afirmou.
Em discurso emocionado, Vanessa celebrou a força das palavras e da leitura como instrumentos de transformação. “Ler é muito mais do que decifrar letras — é viver várias vidas em uma só e compreender que o conhecimento é o maior tesouro que podemos carregar. Que a FLICA continue inspirando novas histórias e plantando sementes de esperança e consciência”, declarou.
O governador Jerônimo Rodrigues parabenizou a organização da festa, destacando a importância da FLICA no cenário cultural baiano. “A FLICA é um orgulho para a Bahia e mostra o quanto o nosso estado investe em cultura e na valorização da leitura”, disse. Já a secretária da Educação, Rowenna Brito, ressaltou o papel do programa Bahia Literária em despertar o interesse dos estudantes da rede pública pela escrita e pelo conhecimento.

O secretário da Cultura, Bruno Monteiro, celebrou a continuidade e o impacto da festa. “A FLICA movimenta a economia local e fortalece o mercado editorial da Bahia, apoiando escritores e escritoras e fomentando o desenvolvimento cultural da região”, destacou.
A coordenadora-geral da FLICA, Verônica Nonato, agradeceu o empenho de todos os envolvidos. “Essa festa só é grandiosa por causa da dedicação de cada pessoa que faz parte da organização. Cada um brilhou no seu papel”, afirmou. Ela também destacou o simbolismo de Cachoeira como berço da cultura baiana e agradeceu à prefeita Eliana Gonzaga, ao governo estadual e aos patrocinadores.
Com o tema “Onde tem patrocínio à cultura, tem Governo do Brasil”, a 13ª FLICA contou com patrocínio do Governo do Estado da Bahia, por meio do FazCultura, SecultBA e Sefaz, além da Bahiagás, Caixa e Petrobras, via Programa Petrobras Cultural e Lei Rouanet. O evento foi contemplado pelo Projeto Bahia Literária, com apoio da EMBASA, realização da Schommer, em parceria com a Prefeitura de Cachoeira e a LDM Livraria.



